Entrevista
Quem é o DJ pioneiro da noite indie?
30 de janeiro de 2024
Dia 24/11/2023, rolou "Ao vivo no Beleza Garagem" - série de eventos beneficentes e gratuitos do Desconhecido Juvenal. E nesta edição, trouxemos um mashup pra lá de diferenciado: djs da velha e nova guarda comandando uma mesma pista!
Na matéria de hoje, você poderá conhecer mais sobre um deles: O Dj Guab.
Como era antes das pistas?
No começo dos noventa eu andava com os skatistas, tocava bateria e tinha banda de "alternativo", como se falava na época, circulava bastante fazendo shows e principalmente indo nos dos outros, então acabei inserido naquele contexto de música independente que culminou nos Juntatribo 93/94
Entre 94 e 97, já na faculdade de jornalismo, continuo tocando bateria e começo a experimentar com produção, loops, samples e processamento de voz, picotando trechos lindos do Manoel de Barros com batidas de um jungle bem rudimentar: "O aparelho de ser inútil estava jogado no chão"
Marky na última Vibe no Love Club (ano desconhecido)
E como foi seu contato com a música eletrônica nos anos seguintes?
Compro meu primeiro par de toca-discos e o ano de 1998 chega com tudo, começo a frequentar semanalmente a festa Vibe, do Marky no Lov.e Club, que era no Itaim, mas juntava jungleiros e jungleiras de todas as áreas de São Paulo. E foi com esse povo que aprendi sobre a Sound Factory e a boatinha da Toco e aquele portal que se abriu na Zona Leste pro UK Hardcore e Jungle.
Nesse ano trabalhei com o Zé Celso na peça Cacilda! fazendo videos e projeções, que o Zé chamava de Terreiro Eletrônico, e tinha esse cara, acho que ele era do Rio, que fazia a trilha sonora ao vivo, meio que discotecando, e as coisas eram remixes dele e tal, muito foda, e acontece que as vezes rolava festa pro elenco e mais uma galera e esse cara deixava eu colocar um som nessas festas.
Mixtape no Milo Garage e 2006 e cartaz de uma das edições da Mixtape (2006)
E quando foi que você começou a discotecar mesmo?
Daí pra frente acabo montando uma mini equipe de som com meu grande amigo Rafael Jacinto, o maior festeiro que já conheci, e estamos fazendo festa em casa de amigo, aniversário de criança, salão social, churrasco no sítio e praticando discotecar para um público.
Já virado o milênio, um amigo que estava num desses churrascos no sítio abre uma loja de discos com um bar. Ficava num sobrado na rua Minas Gerais. E foi lá que tive minha primeira residência, de 2005 a 2008 todo sábado no lendário Milo Garage.
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Em meio a grande quantidade de prédios de luxo e construções históricas, no nobre e conservador bairro Vila Mariana, encontra-se um pequeno espaço, que apesar dos seis meses de vida, carrega uma longa história de enfrentamento. A ideia de se sentir indesejado em algum lugar pode soar assustadora em geral, mas não para o Bar Motim.
Na última noite de Inferninho, Mundo Video e dadá Joãozinho transformaram o porão da Casa de Francisca em um laboratório sonoro, apresentando um EP recém-criado para um público que, com muito prazer, topou ser cobaia voluntária.
Quem produz o som que faz você dançar? Com estrutura própria e o compromisso de dar visibilidade a quem faz o som acontecer, o Bar Motim, na Vila Mariana, foi palco da vigésima edição da Batalha dos Beats. No dia 26 de julho, beatmakers de diversas regiões se reuniram para duelar pelo beat mais potente da noite.